segunda-feira, 23 de junho de 2008

TENHA BONS AMIGOS

15/4/2008
TENHA BONS AMIGOS

Autor:
Masaharu Taniguchi

O sentimento que leva alguém a considerar a pessoa amada como um meio para obter a própria felicidade é o amor-apego. O amor verdadeiro é aquele que liberta. O amor-apego tolhe e restringe a liberdade da pessoa amada. Quem ama de verdade sente alegria em dedicar-se à pessoa amada e não em fazer com que ela lhe sirva para atender às suas vontades. Devemos proporcionar à pessoa amada a liberdade de agir. Certa senhora, por quem tenho grande respeito, disse: “Eu amo meu filho, e por isso mesmo jamais penso em moldá-lo segundo a minha preferência. As mães, que amam os filhos, querem criá-los de acordo com as próprias preferências. Após lutar durante muito tempo contra essa tentação, finalmente alcancei o estado espiritual de desprendimento e tornei-me capaz de deixar meu filho seguir livremente o próprio rumo, da mesma forma que uma pessoa que solta a pipa, ao sentir que ela está puxando, dá-lhe mais linha para poder subir mais. Quando passei a agir desse modo, meu filho deixou de ser rebelde e se reconciliou comigo”.

Toda situação negativa ocorre como reação aos tolhimentos, às restrições. Esta vida, em seu aspecto natural, é perfeita. A superfície da água é plana enquanto não sopra o vento. As águas se encrespam quando o vento exerce ação sobre elas. Se você ama alguém, não tente moldá-lo e fazê-lo agir conforme a sua vontade. Deixe-o seguir o próprio caminho, da forma que ele quiser. Proporcione-lhe a verdadeira liberdade. Talvez ele tropece algumas vezes no começo, mas aprenderá com tentativas. E logo terminará o período de aprendizagem. Quando isso acontecer, com certeza você descobrirá que ele se tornou um grande colaborador seu e constatará que ele o ajuda de boa vontade no seu trabalho, aplicando o método que ele escolheu, e faz isso de modo mais perfeito do que você havia planejado.

Aquele a quem você proporciona a liberdade retorna espontaneamente e passa a ser um verdadeiro amigo e colaborador. Quando você nada exige do outro e lhe proporciona a liberdade para buscar a própria felicidade, ele consegue o auto-aperfeiçoamento, volta para junto de você e nunca mais se afastará. Nesse caso, você nada exigiu dele. O amor deve ser doação ilimitada. O “amor que exige” é imitação de amor, não é o amor verdadeiro. Da imitação de amor não é possível obter amigos verdadeiros. Somente o amor verdadeiro traz amigos verdadeiros.
Do livro Kōfuku Seikatsuron (ainda não editado em português; tít. prov.: Teoria sobre a Vida Feliz), pp. 23- 25


http://www.sni.org.br/exibe_noticia.asp?id=79


SEICHE-NO-IE

Nenhum comentário: